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Câncer em gatos: os tipos mais comuns e suas causas

Continuando o post da semana passada sobre câncer em gatos (caso você não tenha lido, clique aqui), falaremos hoje dos tipos de câncer mais comuns que acometem os felinos.

Assim como em humanos, há uma grande variedade de tipos de câncer em gato. Com o avanço de pesquisas e estudos, muitos animais que possuem câncer conseguem viver normalmente, graças aos novos medicamentos e formas de tratamento que vêm sendo inseridos no meio veterinário.

Fonte:foto cedida pela tutora do gatinho Eddie (positivo FeLV que vive normalmente)

Selecionamos então os mais comuns de ocorrer, sendo eles: tumores de mama, ovário e útero (em fêmeas), câncer de pele (gatos brancos), leucemia felina (FeLV) e tumor nos ossos (osteossarcoma).

Tumores de mama, ovário e útero em gatas

Estes tipos de cânceres são hormônio-dependentes, ou seja, são estimulados por hormônios.

O mais comum de ocorrer é o tumor de mama, tendo incidência maior nos animais do que em humanos.

Já o de ovário e útero são menos frequentes, atingindo principalmente fêmeas idosas.

As causas que levam a estes tipos de tumores estão ligadas à ação hormonal e fatores genéticos.

Durante o cio, há uma alta carga de hormônios circulantes na gata ou cadela, e com o passar do tempo eles podem estimular o desenvolvimento de células neoplásicas.

Além desses fatores naturais, há também os fatores exógenos (externos), como a administração de anticoncepcional.

Esta alternativa, que muitos tutores utilizam para não castrar o animal, apenas trará malefício paras as gatas e cadelas.

Utilizar anticoncepcional em gatas ou cadelas aumentará a chance de desenvolver um tumor de mama, útero ou ovário, principalmente gatas, que possuem maior probabilidade de desenvolver tumor de mama maligno.

Infelizmente, os sinais não são muito específicos e só será perceptível com o desenvolvimento da doença, no decorrer do qual o animal se torna apático, tem falta de apetite e pode haver aumento de volume abdominal.

O tratamento é a extração cirúrgica do órgão afetado e sessões de quimioterapia.

O único meio para tentar prevenir o desenvolvimento destes tumores é a castração precoce, de preferência antes do primeiro cio, e a NÃO utilização de anticoncepcional, pois o método de administração de anticoncepcionais é extremamente cancerígeno.

Deixando claro que há chances de seu animal desenvolver câncer de mama mesmo sendo castrado, pois há fatores genético envolvidos também, mas estas chances serão reduzidas com a castração.

Fonte: http://dicas.petlove.com.br/cancer-em-cachorros-e-gatos-o-cancer-de-utero/

Câncer de pele - Carcinoma Espinocelular

Muito comum de ocorrer em gatos com pelagem branca ou clara. Porém isto não indica que um gato de pelagem escura não possa desenvolver o câncer de pele.

As regiões mais afetadas são face e orelhas. No Brasil há grande incidência de tumor de pele devido à exposição solar.

Este câncer ocorre porque a radiação UV absorvida pode resultar na geração de moléculas reativas, como radicais livres.

Isto levará à alteração de vários componentes que existem na derme, como enzimas e células. Esta alteração na célula, como já mencionado no post anterior, é que irá levar ao desenvolvimento de tumores.

Há vários tratamentos, incluindo cirurgia, radiação ionizante, quimioterapia e terapia fotodinâmica.

Como prevenção deve-se utilizar protetor solar e evitar principalmente que os animais de pelagem clara fiquem expostos ao sol.

Saiba mais no post sobre cuidados com gatos brancos clicando aqui.

Fonte: http://www.eventosufrpe.com.br/jepex2009/cd/resumos/r0719-1.pdf

Leucemia felina - FeLV

A FeLV é causada por um vírus da família Retroviridae, possuindo quatro sub grupos, A, B, C e T.

O subgrupo mais infeccioso é o A. Somente 30% dos gatos expostos desenvolvem a doença persistente, o restante não infecta-se quando exposto, tornando-se portador latente, ou seja, estão infectados porém não desenvolvem a doença ou eliminam o vírus.

Há também uma porcentagem de animais que se contamina com o vírus porém o sistema imunológico consegue combatê-lo.

Quando se desenvolve, a doença deixa o sistema imune extremamente "fraco" possibilitando que o animal se infecte por outras doenças mais facilmente, podendo levar à morte precoce.

FeLV, assim como FIV, não é uma zoonose, portanto não são transmitidas para o ser humano.

A contaminação entre os gatos ocorre através do contato direto com saliva, leite, fezes ou secreções de animais infectados.

Os sinais clínicos são : febre, falta de apetite, desidratação, gengivites, neoplasias, principalmente leucemia e linfomas, infecções secundárias devido ao sistema imune estar deprimido, diarreia, neuropatias, dermatopatias, aborto e infertilidade.

A gatinha Bela, que está para adoção no Adote um Ronrom, é positiva para FeLV

Prevenção é feita com a vacinação, que promove proteção significante contra viremia persistente e contribui para redução da carga viral. Evitar que seu gatinho(a) tenha acesso à rua, pois assim ele terá menor chance de contaminação. Gatos infectados por FeLV devem ser separados dos gatos saudáveis.

** Gatos portadores de FeLV podem viver normalmente, apenas necessitam de um cuidado mais intensivo. Confira clicando aqui, depoimento da adotante do Frajola e Pistache, ronrons portadores de FeLV.

Fonte: TCC de conclusão de graduação cedido por Janine Zimmermann, médica veterinária.

Foto: Bela, fêmea positiva FeLV disponível para adoção.

Tumor nos ossos - Osteossarcoma

É um câncer com evolução rápida e agressiva, em 30 dias o quadro clínico pode piorar muito e há um grande risco de metástase.

Sua causa ainda é desconhecida, porém pode-se afirmar que há fatores que predispõem o animal a adquirir a doença, como genética, exposição à produtos cancerígenos, radiação, obesidade e inflamação.

Os ossos mais atingidos são os mais longos, como úmero, rádio, fêmur e tíbia.

O principal sintoma da doença é a dor, que pode estar ou não acompanhada de um inchaço do osso afetado, levando o animal a mancar, perder apetite, podendo ocorrer fraturas repentinas.

Seu tratamento, em alguns casos, é remoção do membro afetado e quimioterapias.

Fonte: http://www.revistapulodogato.com.br/materias/ler-materia/101/gatinhos-e-o-cancer-nos-ossos

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